sexta-feira

TESTEMUNHO DAS APARIÇÕES DE JACAREÍ - SP VERDADEIRAS OU FALSAS


Peço desculpas aos meus amigos do face porque muitas vezes postei as palhaçadas de charlatão ridículo pensando que era verdade, mas quando percebi que se tratava de um soldadinho do anti Cristo sai fora.

Esse palhaço MENTIROSO chama se Marcos Tadeu. Um palhaço herege que te na tirar pessoas boas, porém , desorientadas da Santa igreja católica, excitando o ódio ao Santo padre o Papa Francisco e aos sacerdotes.

Graças a Deus e a Nossa Senhora que eu acordei. 
As aparições de Jacareí são FALSAS e esse PALHAÇO Marcos Tadeu é um herege amaldiçoado. Não tenho medo desse PALHAÇO. Ex seguidora

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O Vidente e a Comunidade: da inconsistência ao isolamento



No momento em que a diocese e a paróquia começam a “esclarecer” os participantes locais, realizando pregações e palestras contra as aparições de Jacareí, demonstrando a sua incoerência com a doutrina católica, o discurso da comunidade local, especialmente dos católicos, também segue na mesma linha. Ou seja, os

Segundo o vidente, houve um combate generalizado a suas visões, realizado por vários padres da região e pelo bispo, que falavam contra elas em suas pregações. Não pudemos observar este fato em outras paróquias da região, apenas em Jacareí e em São José dos Campos, mas esta era uma fala recorrente de Marcos durante os Cenáculos, acusando “os padres” de pregarem “contra Nossa Senhora”. De qualquer forma, o combate a elas, por meio da desvinculação dos fenômenos reconhecidos foi a estratégia usada pelo clero local.




moradores embasam sua descrença na incoerência com a doutrina católica, especialmente na diferença em relação às aparições reconhecidas de Nossa Senhora. O depoimento de Beth, católica praticante da paróquia de Jacareí ilustra bem este ponto:

“Nós começamos a perceber, a ver que aquilo que acontecia lá (no monte) nunca tinha acontecido antes. Não era nem parecido com as outras aparições de Nossa Senhora. Essa história de Jesus, de São José aparecerem, de falarem com o vidente nunca aconteceu! Então a gente foi percebendo que não era verdade, que nas aparições de Nossa Senhora não era assim.”

A inserção de elementos que fugiam do padrão das aparições reconhecidas causava incômodo nos paroquianos, levando-os a crer na falsidade das visões de Marcos Tadeu. Ou seja, a “novidade”, o fato disso “nunca ter acontecido antes” deslegitimava as aparições, pois as afastava do padrão recorrente.
Dessa forma, o vidente ganha autonomia, ele não é mais apenas o “mensageiro” da Virgem, mas também o intérprete das suas mensagens e o condutor do culto. Ele deixa de ser um instrumento vazio, por meio do qual Maria se manifesta, tornando-se um indivíduo.
Os novos papéis assumidos pelo vidente o afastam do padrão, em que os videntes são percebidos apenas como instrumentos de Maria. Lembramos aqui os casos de Bernadette - que seguiu fielmente as demandas da Instituição, tornando-se freira – sendo constantemente vigiada e nunca falando com o público - e Lúcia, vidente de Fátima, que se tornou carmelita, vivendo reclusa. A partir do momento que o vidente deixa de ser um instrumento vazio, ganhando autonomia e falando por si, a percepção da veracidade de suas visões começa a se romper.

O processo de modelagem impedia a autonomia do vidente - no ritual e em sua personalidade. As “novidades” rituais não são bem recebidas porque demonstram a autonomia do vidente: acrescentando elementos e conduzindo o Cenáculo – afastando-o do modelo. Assim, os participantes começam a percebê-lo como arrogante, e não mais humilde – pois ele não reproduz o padrão de aceitação, mas toma atitudes, circula, interpreta mensagens; ou seja, torna-se um indivíduo, e não a reprodução de uma personalidade padrão.
Além disso, Marcos, ao tentar instituir a “novidade” em suas manifestações

– em relação aos elementos simbólicos e rituais - acaba por romper abruptamente com





“Pelo meu filho Marcos e pelas obras que ele empreende em meu nome eu vos
as regras do jogo – em que a adequação ao padrão era central - instituindo novas regras que não são reconhecidas como autênticas pelos participantes. O “novo” não é percebido como verídico. Perde-se, então, a impressão de verdade que havia sido constituída durante a década de noventa através da adequação das aparições de Jacareí ao padrão. Dessa forma, a reciprocidade entre o vidente e os participantes é rompida.

A postura de Marcos também contribui para esse processo de deslegitimaçao das aparições. Além de professar constantemente sua exclusividade no contato com a Virgem e não aceitar “palpites” de ninguém, ele também não atende o público – os peregrinos devem enviar uma carta para marcar uma conversa, pois ele diz estar sempre muito ocupado com as “tarefas que Nossa Senhora lhe atribui”. Além disso, refere-se constantemente, durante suas falas no Cenáculo, à preferência que Maria tem por ele, colocando-se como “um filho especial”.

Essas atitudes e falas do vidente criaram uma antipatia da comunidade local

– inclusive dos católicos não praticantes – em relação a sua figura. A seguinte fala, proferida por ele durante um Cenáculo e atribuída à Virgem, é emblemática de sua

postura:

prometo salvar o Brasil”. Por essa e por falas de teor semelhante, Marcos confere valor e importância a si mesmo, por meio de palavras atribuídas a Nossa Senhora, passando a ser percebido como “aparecido”, “metido”, “arrogante” pelos católicos locais e pelos carismáticos.
Essas características contribuem para a sua deslegitimação enquanto vidente, pois elas são o oposto da humildade, da simplicidade esperada de um mensageiro de Nossa Senhora. Assim, quando os fiéis se deparam com frases como a anterior, em que o vidente faz questão de enfatizar a sua extraordinariedade, ou com o fato de não falar pessoalmente com os peregrinos, a construção da humildade e da simplicidade se desfaz, e eles se percebem diante de uma “celebridade”, que não fala com o público e que se considera extraordinário. O vidente, ele próprio, não permite a troca, considerando-se auto-suficiente.
Ou seja, a troca é rompida. A crença no dom do vidente era atribuída pelos participantes, que identificavam elementos que “provavam” a sua santidade. Entretanto, o vidente rompe com as regras do jogo, afastando-se destes elementos. A convicção na veracidade de suas visões é então quebrada.
Assim, as posturas do vidente, o acréscimo de elementos estranhos ao padrão de aparições marianas e a ruptura nas suas redes de relações sociais - afastando-o de


membros importantes da rede de manifestações - levam à regressão dos Cenáculos, que são constituídos atualmente apenas por um pequeno grupo de participantes fixos.
A participação de pessoas da região é muito rara nos últimos anos, e as peregrinações de fora diminuíram significativamente, devido a sua dificuldade em mobilizar a rede de contatos sem a ajuda da RCC. Marcos, rompendo com os carismáticos, sendo combatido pelos sacerdotes e pela comunidade local, está cada vez mais isolado, e os seus rituais cada vez mais esvaziados.
Dessa maneira, na primeira década das manifestações o apoio da RCC e a modelagem das aparições de acordo com o padrão reconhecido foram centrais para o sucesso dos Cenáculos, já a partir dos anos 2000 a intransigência de Marcos, que se proclama “o” representante de Nossa Senhora, insinuando não precisar de mais ninguém, apenas “Dela”, e o seu afastamento do modelo reconhecido colaboram para que suas conexões se desfaçam e sua legitimidade seja questionada.
LILIAN MARIAN - 2008

vidente marquinho, Evelin. seita católica . jacareiencantado.  Santuário das Aparições de Jacareí SP.falsas verdadeiras, farsa,   photoshop, pai comunista . farsa vidente

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Sinto calafrios quando leio sobre algumas supostas aparições marianas no Brasil.

Sinto calafrios quando leio sobre algumas supostas aparições marianas no Brasil.

Sinto calafrios quando leio sobre algumas supostas aparições marianas no Brasil. Não vou dizer quais são as que me dão calafrios pois não sou dona da verdade e não conheço de perto para julgar, mas meu “detector de seitas” sempre acende no vermelho quando leio sobre algumas mensagens e seus grupos.

Li outro dia que o demônio também se falsifica como Nossa Senhora para atrair os filhos de Deus para suas mentiras e provocar grandes chagas em suas Almas. O demônio divide e separa, ilude e mistifica, usa linguajares rebuscados para seduzir os que se acham mais evoluídos, o demônio instiga nesses falsos videntes a vaidade e a desobediência aos ensinamentos da Igreja.

O demônio ODEIA a EUCARISTIA, a Santa Missa, todos os Sacramentos. O demônio é real – infelizmente – e está trabalhando muito astutamente em alguns grupos provocando falsas aparições marianas e falsas mensagens.


Achei uma homilia de um Padre que nos fala sobre A armadilha das falsas aparições, veja o texto:

…. Creio que seja evidente, para todos que possuem olhos para ver e ouvidos para ouvir, a crise de fé e de moral em que nos encontramos. Essa crise de fé não é só o abandono de uma ou mais verdades de fé, mas é também o desconhecimento do que é a virtude teologal da fé.
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A fé, como já dissemos em outra oportunidade, é a adesão da inteligência às verdades reveladas por Deus, em virtude da autoridade divina que não pode se enganar nem nos enganar.
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O abandono da verdadeira noção de fé tem levado muitos católicos a um erro contra a fé que é a excessiva credulidade em revelações privadas.
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A excessiva credulidade consiste em aderir com demasiada facilidade e sem fundamento suficiente a manifestações, profecias ou mensagens de alguém que diz ser favorecido por aparições e revelações privadas.
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Infelizmente, no Brasil e também no mundo, essas aparições e a crença das pessoas nelas têm se espalhado muitíssimo, com grande prejuízo para as almas.

Antes de tudo, é preciso dizer que toda a verdade necessária para a nossa salvação foi revelada por Nosso Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito Santo aos Apóstolos.
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A Revelação Pública, quer dizer, aquela em que todos somos obrigados a crer para nos salvar, se encerra com a morte de São João Evangelista, o último apóstolo a morrer.
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Não há nada que a Igreja ensine como divinamente revelado que já não esteja contido nesse depósito confiado aos apóstolos. Nós temos a obrigação de crer na Revelação feita aos apóstolos e transmitida, defendida, explicada até nossos dias pela Santa Igreja Católica, fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo.
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Quanto às revelações privadas, feitas a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, elas não são necessárias para a nossa salvação e não temos nenhuma obrigação de acreditar nelas.
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É preciso, porém, distinguir entre as aparições aprovadas pela autoridade hierárquica da Igreja e as que não são aprovadas. Quanto às aparições que sã oaprovadas pela Igreja, como, por exemplo, Lourdes, Fátima, Nosso Senhora das Graças, Nossa Senhora de Guadalupe, seria muito orgulho e temerário rechaçá-las.
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A Igreja as examinou com rigor, a fim de estabelecer a sobrenaturalidade dos acontecimentos. Ela constatou que não há nada que se opõe à fé ou à moral.
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As aparições devidamente aprovadas pela autoridade hierárquica da Igreja não pertencem ao depósito da fé, mas devem ser consideradas com seriedade e respeito, em particular seguindo os conselhos dados por Nossa Senhora, que são, evidentemente, para o nosso bem espiritual.
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Outro é o caso das aparições que não são devidamente aprovadas.
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Seguir uma aparição que não foi devidamente julgada pela Igreja segundo os critérios tradicionais, pode representar
 um perigo para a alma. Esse exame rigoroso cabe ao Bispo e à Santa Sé. Não cabe a nós dizer se uma aparição é verdadeira. Não temos elementos para julgar.
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Por outro lado, não é tão difícil reconhecer uma aparição falsa.
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O primeiro critério para julgar uma aparição diz respeito à pessoa favorecida pela aparição.
 Deus poderia aparecer e fazer uma revelação privada a um pecador, sem dúvida. Todavia, quase sempre uma verdadeira aparição se faz a alguém que não somente é fervoroso, mas que já se encontra muito avançado no caminho da perfeição. E isso condiz com a sabedoria divina.
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Alguém que fosse favorecido por uma revelação, sendo ainda imperfeito espiritualmente, ficaria, muito provavelmente, cheio de si e orgulhoso. Ao contrário, uma verdadeira revelação favorece a santidade e, portanto, a humildade.
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Além disso, a Igreja considera as qualidades da pessoa favorecida. A Igreja considera as qualidades naturais quanto ao temperamento, quanto à sua saúde mental, a fim de saber se a pessoa não tem propensão a alucinações, à autossugestão e coisas do gênero.
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A Igreja considera também a sinceridade da pessoa, para saber se ela não tem tendência em aumentar a verdade ou simplesmente inventar fatos.
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A Igreja considera igualmente as qualidades sobrenaturais. É uma pessoa de virtude sólida ou não? Sua humildade é profunda ou ela gosta de aparecer e de contar aos outros os favores que recebeu? Ela segue os conselhos da autoridade eclesiástica com docilidade ou age por conta própria?
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A Igreja considera também os frutos da aparição. Houve melhoria nas virtudes, nos costumes daqueles favorecidos pelas aparições e mensagens? Todos esses fatores permitirão um juízo correto da aparição.
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O critério mais importante, todavia, para julgar uma aparição, é o acordo ou o desacordo com a doutrina e moral católicas. Se a doutrina ou moral católicas são contrariadas, não há a menor dúvida: a aparição é falsa. Se a doutrina católica não é contrariada, é preciso analisar os outros aspectos.
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É indispensável a aprovação da autoridade competente feita depois de exame segundo os critérios tradicionais, pois uma aparição que não foi aprovada pode ser obra humana, mas pode também ser obra do demônio.
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E, normalmente, quem deseja ser favorecido por graças extraordinárias, como o são as aparições, termina tendo aparições, mas que não encontram sua origem em Deus.
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São notórias aparições do demônio sob a aparência de Nosso Senhor ou de Santos. Isso ocorreu algumas vezes com o Padre Pio, por exemplo. É também notório que o demônio faz prodígios e fenômenos extraordinários – que não são em nenhuma hipótese milagres – para tentar legitimar falsas aparições.
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Hoje, temos várias aparições por todo o Brasil e no mundo que não possuem aprovação eclesiástica e muitas – praticamente todas – não terão jamais, pois se opõem à doutrina católica. O problema é que muitos têm seguido essas aparições e mensagens, com prejuízo para as suas almas.

Muitas dessas aparições são apocalípticas, condenando aqueles que não acreditam nelas. Isso é mau sinal, muito mau sinal. Acabamos de dizer que não é necessário crer em aparições privadas para se salvar. Por que nos condenaríamos se não acreditamos em aparições que nem aprovação eclesiástica possuem?
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Quanto ao fim dos tempos, nós não sabemos nem o dia nem a hora. Teremos, porém, sinais que nos permitirão reconhecer que ele está próximo: a conversão dos judeus, a apostasia, certos desastres, etc.
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Ainda assim, não saberemos o quanto o final dos tempos estará próximo. Não creio que sejam necessárias aparições que prevejam o fim iminente do mundo e não creio que isso esteja de acordo com a doutrina católica.
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Além disso, essas aparições contêm em si, muitas vezes, uma oposição à análise da hierarquia ou afirmam que não se deve confiar no juízo da hierarquia.
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Ora, uma verdadeira aparição nunca pode se opor ao juízo da hierarquia, pois isso seria uma contradição em Deus, que estabeleceu a hierarquia, mas ao mesmo tempo pediria para que não se submetesse a ela.
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Ao contrário, a completa submissão à hierarquia estabelecida por Cristo é indispensável em uma verdadeira aparição. Nossa Senhora mostra isso claramente em Lourdes. É somente depois da proclamação do dogma da Imaculada Conceição que ela aparece dizendo ser a Imaculada Conceição.
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Ela não o faz antes, a fim de não tomar o lugar do Magistério da Igreja. A docilidade ao exame da autoridade competente está completamente ausente nessas aparições, em que os supostamente favorecidos querem justamente aparecer como favorecidos por Deus e Nossa Senhora, como filhos prediletos deles.
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Convém também destacar que algumas dessas aparições têm um caráter mais sério no que toca à liturgia ou no que toca à castidade e à modéstia, por exemplo. Mas isso é simplesmente para enganar os incautos. O demônio, ao perceber que muitos buscam maior seriedade nesses pontos, lhes concede isso, mas os desviam por meio de supostas aparições, sejam elas pura invenção humana, sejam elas obras suas.
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(...)

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Essa moda aparicionista e essa credulidade excessiva têm sua origem em uma falsa noção de fé, na falta de fé sólida.

Vejamos o que diz São João da Cruz. O Santo diz que o desejo de revelações tira a pureza da fé, desenvolve uma curiosidade perigosa que é fonte de ilusões e que confunde o espírito com imaginações vãs.
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Continua o Santo dizendo que esse desejo de revelações denota, com frequência, falta de humildade e falta de submissão a Nosso Senhor, que, por meio da revelação pública, feita aos apóstolos, já nos deu tudo o que precisamos para chegar ao céu.
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Não devemos basear nossa vida espiritual em aparições não aprovadas. Isso é contra a fé, é o erro da credulidade excessiva. Não caiam na armadilha dessas aparições e se já seguem alguma, deixem-na.
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No lugar de buscá-las, devemos procurar conhecer melhor aquelas que são plenamente aprovadas (Fátima, Lourdes, etc) e conhecer cada vez melhor nossa fé, estudando o catecismo e a doutrina católica e colocando-a em prática.

Fonte: Extrato de missatridentinaembrasilia.org/2013/01/23/

Pode parecer contraditório que um site como Ave Luz, que publica diversas aparições marianas no mundo, veja com seriedade o texto acima; mas não há contradição e sim uma advertência para muitos para que usem sempre o discernimento antes de aceitar como verdadeira uma mensagem dada por algum novo vidente – ou videntes – de Nossa Senhora e evitem endeusar esses videntes acreditando que eles são mais privilegiados do que vocês.

Acredito mesmo que Nossa Senhora e Nosso Senhor falam nos corações de todos os seus Filhos e Filhas, e desejam ser ouvidos. Todos nós, amados de Deus, somos privilegiados e podemos ter acesso ao Reino de Deus sem precisar ir em busca de mensagens que outros afirmam estar recebendo.

Infelizmente falsos profetas sempre existirão, Jesus nos advertiu sobre eles...

Peça a Nossa Senhora que o proteja dessas falsas aparições!

Termino com citações bíblicas sobre Falsos Cristos:


Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?' Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês que praticam o mal!

Mateus 7,22-23

Se, então, alguém disser: 'Vejam, aqui está o Cristo!' ou: 'Ali está ele!', não acreditem. Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos. Vejam que eu os avisei antecipadamente. "Assim, se alguém disser: 'Ele está lá, no deserto!', não saiam; ou: 'Ali está ele, dentro da casa!', não acreditem.

Mateus 24,23-26

Jesus respondeu: "Cuidado, que ninguém os engane. Pois muitos virão em meu nome, dizendo: 'Eu sou o Cristo!' e enganarão a muitos.

Mateus 24,4-5

Pois tais homens são falsos apóstolos, obreiros enganosos, fingindo-se apóstolos de Cristo. Isso não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz. Portanto, não é surpresa que os seus servos finjam ser servos da justiça. O fim deles será o que as suas ações merecem.

2 Coríntios 11,13-15

Mas temo que, como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim se corrompam os vossos pensamentos e se apartem da sinceridade para com Cristo.

Porque quando aparece alguém pregando-vos outro Jesus, diferente daquele que vos temos pregado, ou se trata de receber outro espírito, diferente do que haveis recebido, ou outro evangelho, diverso do que haveis abraçado, de boa mente o aceitais.

2 Corintios 11, 3-4

Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição. Este se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, chegando até a assentar-se no santuário de Deus, proclamando que ele mesmo é Deus.

2 Tessalonicenses 2,3-4

A Mensagem da Virgem em Lourdes

A Mensagem que a Santíssima Virgem deu em Lourdes, pode ser resumida nos seguintes pontos:

1.- É um agradecimento do céu pela definição do dogma da Imaculada Conceição, que tinha sido declarado quatro anos antes por Pio IX (1854), ao mesmo tempo que assim apresenta Ela mesma como Mãe e modelo de pureza para o mundo que está necessitado desta virtude.

2.- Derramou inumeráveis graças físicas e espirituais, para que nos convertamos a Cristo em sua Igreja.

3.- É uma exaltação às virtudes da pobreza e humildade aceitas cristanamente, ao escolher a Bernadete como instrumento de sua mensagem.

4.- Uma mensagem importantíssima em Lourdes é o da Cruz. A Santíssima Virgem repete que o importante é ser feliz na outra vida, embora para isso seja preciso aceitar a cruz. "Eu também te prometo fazer-te ditosa, não neste mundo, mas no outro"

5.- Em todas as aparições veio com seu Rosário: A importância de rezá-lo.

6.- Importância da oraçao, da penitência e humildade (beijando o solo como sinal disso); também, uma mensagem de misericórdia infinita para os pecadores e do cuidado com os doentes.
7.- Importância da conversão e a confiança em Deus.










A armadilha das falsas aparições de JACAREÍ

A armadilha das falsas aparições

[Sermão] A armadilha das falsas aparições

Publicado e

23/01/2013 por C.C.


Sermão para o II Domingo depois da Epifania

20 de janeiro de 2013 – Padre Daniel Pinheiro


Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém. Ave-Maria…

Deixo mais uma vez o texto do Santo Evangelho de hoje de lado – mas não o Evangelho – para tratar de assunto que importa muito para a salvação de nossas almas. Creio que seja evidente, para todos que possuem olhos para ver e ouvidos para ouvir, a crise de fé e de moral em que nos encontramos. Essa crise de fé não é só o abandono de uma ou mais verdades de fé, mas é também o desconhecimento do que é a virtude teologal da fé. A fé, como já dissemos em outra oportunidade (clique neste link para ver sermão anterior), é a adesão da inteligência às verdades reveladas por Deus, em virtude da autoridade divina que não pode se enganar nem nos enganar.

O abandono da verdadeira noção de fé tem levado muitos católicos a um erro contra a fé que é a excessiva credulidade em revelações privadas. A excessiva credulidade consiste em aderir com demasiada facilidade e sem fundamento suficiente a manifestações, profecias ou mensagens de alguém que diz ser favorecido por aparições e revelações privadas. Infelizmente, no Brasil e também no mundo, essas aparições e a crença das pessoas nelas têm se espalhado muitíssimo, com grande prejuízo para as almas.

Antes de tudo, é preciso dizer que toda a verdade necessária para a nossa salvação foi revelada por Nosso Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito Santo aos Apóstolos. A Revelação Pública, quer dizer, aquela em que todos somos obrigados a crer para nos salvar, se encerra com a morte de São João Evangelista, o último apóstolo a morrer. Não há nada que a Igreja ensine como divinamente revelado que já não esteja contido nesse depósito confiado aos apóstolos. Nós temos a obrigação de crer na Revelação feita aos apóstolos e transmitida, defendida, explicada até nossos dias pela Santa Igreja Católica, fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Quanto às revelações privadas, feitas a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, elas não são necessárias para a nossa salvação e não temos nenhuma obrigação de acreditar nelas.

Videntes de Fátima. [Em 13 de outubro de 1930, pela Carta Pastoral “A Divina Providência”, o Bispo de Leiria declara “dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria” e permite oficialmente o culto de Nossa Senhora de Fátima.]

É preciso, porém, distinguir entre as aparições aprovadas pela autoridade hierárquica da Igreja e as que não são aprovadas. Quanto às aparições que são aprovadas pela Igreja, como, por exemplo, Lourdes, Fátima, Nosso Senhora das Graças, Nossa Senhora de Guadalupe, seria muito orgulho e temerário rechaçá-las. A Igreja as examinou com rigor, a fim de estabelecer a sobrenaturalidade dos acontecimentos. Ela constatou que não há nada que se opõe à fé ou à moral. As aparições devidamente aprovadas pela autoridade hierárquica da Igreja não pertencem ao depósito da fé, mas devem ser consideradas com seriedade e respeito, em particular seguindo os conselhos dados por Nossa Senhora, que são, evidentemente, para o nosso bem espiritual.

Outro é o caso das aparições que não são devidamente aprovadas. Seguir uma aparição que não foi devidamente julgada pela Igreja segundo os critérios tradicionais, pode representar um perigo para a alma. Esse exame rigoroso cabe ao Bispo e à Santa Sé. Não cabe a nós dizer se uma aparição é verdadeira. Não temos elementos para julgar.

Por outro lado, não é tão difícil reconhecer uma aparição falsa.

O primeiro critério para julgar uma aparição diz respeito à pessoa favorecida pela aparição.
 Deus poderia aparecer e fazer uma revelação privada a um pecador, sem dúvida. Todavia, quase sempre uma verdadeira aparição se faz a alguém que não somente é fervoroso, mas que já se encontra muito avançado no caminho da perfeição. E isso condiz com a sabedoria divina. Alguém que fosse favorecido por uma revelação, sendo ainda imperfeito espiritualmente, ficaria, muito provavelmente, cheio de si e orgulhoso. Ao contrário, uma verdadeira revelação favorece a santidade e, portanto, a humildade.

Além disso, a Igreja considera as qualidades da pessoa favorecida. A Igreja considera as qualidades naturais quanto ao temperamento, quanto à sua saúde mental, a fim de saber se a pessoa não tem propensão a alucinações, à autossugestão e coisas do gênero. A Igreja considera também a sinceridade da pessoa, para saber se ela não tem tendência em aumentar a verdade ou simplesmente inventar fatos. A Igreja considera igualmente as qualidades sobrenaturais. É uma pessoa de virtude sólida ou não? Sua humildade é profunda ou ela gosta de aparecer e de contar aos outros os favores que recebeu? Ela segue os conselhos da autoridade eclesiástica com docilidade ou age por conta própria? A Igreja considera também os frutos da aparição. Houve melhoria nas virtudes, nos costumes daqueles favorecidos pelas aparições e mensagens? Todos esses fatores permitirão um juízo correto da aparição.

O critério mais importante, todavia, para julgar uma aparição, é o acordo ou o desacordo com a doutrina e moral católicas. Se a doutrina ou moral católicas são contrariadas, não há a menor dúvida: a aparição é falsa. Se a doutrina católica não é contrariada, é preciso analisar os outros aspectos.

É indispensável a aprovação da autoridade competente feita depois de exame segundo os critérios tradicionais, pois uma aparição que não foi aprovada pode ser obra humana, mas pode também ser obra do demônio. E, normalmente, quem deseja ser favorecido por graças extraordinárias, como o são as aparições, termina tendo aparições, mas que não encontram sua origem em Deus. São notórias aparições do demônio sob a aparência de Nosso Senhor, de Nosso Senhora ou de Santos. Isso ocorreu algumas vezes com o Padre Pio, por exemplo. É também notório que o demônio faz prodígios e fenômenos extraordinários – que não são em nenhuma hipótese milagres – para tentar legitimar falsas aparições.

Hoje, temos várias aparições por todo o Brasil e no mundo que não possuem aprovação eclesiástica e muitas – praticamente todas – não terão jamais, pois se opõem à doutrina católica.
 O problema é que muitos têm seguido essas aparições e mensagens, com prejuízo para as suas almas.

Muitas dessas aparições são apocalípticas, condenando aqueles que não acreditam nelas. Isso é mau sinal, muito mau sinal. Acabamos de dizer que não é necessário crer em aparições privadas para se salvar. Por que nos condenaríamos se não acreditamos em aparições que nem aprovação eclesiástica possuem?

Quanto ao fim dos tempos, nós não sabemos nem o dia nem a hora. Teremos, porém, sinais que nos permitirão reconhecer que ele está próximo: a conversão dos judeus, a apostasia, certos desastres, etc. Ainda assim, não saberemos o quanto o final dos tempos estará próximo. Não creio que sejam necessárias aparições que prevejam o fim iminente do mundo e não creio que isso esteja de acordo com a doutrina católica.

Além disso, essas aparições contêm em si, muitas vezes, uma oposição à análise da hierarquia ou afirmam que não se deve confiar no juízo da hierarquia. Ora, uma verdadeira aparição nunca pode se opor ao juízo da hierarquia, pois isso seria uma contradição em Deus, que estabeleceu a hierarquia, mas ao mesmo tempo pediria para que não se submetesse a ela. Ao contrário, a completa submissão à hierarquia estabelecida por Cristo é indispensável em uma verdadeira aparição. Nossa Senhora mostra isso claramente em Lourdes. É somente depois da proclamação do dogma da Imaculada Conceição que ela aparece dizendo ser a Imaculada Conceição. Ela não o faz antes, a fim de não tomar o lugar do Magistério da Igreja. A docilidade ao exame da autoridade competente está completamente ausente nessas aparições, em que os supostamente favorecidos querem justamente aparecer como favorecidos por Deus e Nossa Senhora, como filhos prediletos deles.

Vale também destacar que algumas dessas aparições têm um caráter mais sério no que toca à liturgia ou no que toca à castidade e à modéstia, por exemplo. Mas isso é simplesmente para enganar os incautos. O demônio, ao perceber que muitos buscam maior seriedade nesses pontos, lhes concede isso, mas os desviam por meio de supostas aparições, sejam elas pura invenção humana, sejam elas obras suas.

Poderíamos continuar aqui citando argumentos contra essas aparições que surgem por toda a parte: no sul do Brasil, aqui no Distrito Federal, em Goiás, no interior de São Paulo e em muitos outros lugares.


Videntes de Medjugorje [Nota: os bispos da Diocese de Mostar-Duvno sempre desaprovaram as aparições: “non constat de supernaturalitate”, conforme declaração da Conferência dos Bispos da Iugoslávia, de 1991.]

É preciso dizer: também a aparição de Medjugorje não tem aprovação nenhuma. Ao contrário, os Bispos do local sempre se opuseram. Pode até ser que alguma alma mude de vida em virtude dessas coisas, mas é porque Deus pode tirar de um mal um bem. Eu dou um conselho para o bem de vossas almas: não sigam essas aparições, não sigam essas mensagens.

Eu dizia, no começo do sermão, que essa moda aparicionista e que a credulidade excessiva têm sua origem em uma falsa noção de fé, na falta de fé sólida. Vejamos o que diz São João da Cruz. O Santo diz diz que o desejo de revelações tira a pureza da fé, desenvolve uma curiosidade perigosa que é fonte de ilusões e que confunde o espírito com imaginações vãs. Continua o Santo dizendo que esse desejo de revelações denota, com frequência, falta de humildade e falta de submissão a Nosso Senhor, que, por meio da revelação pública, feita aos apóstolos, já nos deu tudo o que precisamos para chegar ao céu.

Não devemos basear nossa vida espiritual em aparições não aprovadas. Isso é contra a fé, é o erro da credulidade excessiva. Não caiam na armadilha dessas aparições e se já seguem alguma, deixem-na
. No lugar de buscá-las, devemos procurar conhecer melhor aquelas que são plenamente aprovadas (Fátima, Lourdes, etc) e conhecer cada vez melhor nossa fé, estudando o catecismo e a doutrina católica e colocando-a em prática.

Gostaria de dirigir agora algumas palavras à prezada Maria Clara, que vai receber o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo pela primeira vez. (…)

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Notas do Editor

A continuação do sermão (Exortação para Primeira Comunhão) encontra-se empost já publicado.

Os destaques, imagens e descrições das imagens são iniciativas do Editor; não se obriga (tampouco se proíbe) sua reprodução junto com o texto, no caso de publicação em outros sites.


VERSUS: FALSAS APARIÇÕES X APARIÇÕES AUTÊNTICAS

VERSUS: FALSAS APARIÇÕES X APARIÇÕES AUTÊNTICAS

No acervo enorme das aparições de Nossa Senhora nos últimos tempos, há que se considerar sempre o aspecto da autenticidade de tais eventos. Acreditar ou não em uma determinada aparição? O problema, na verdade, não é este. O antigo Código Canônico (cânones 1399 e 2318) proibia a edição e a divulgação de manifestações e revelações de natureza particular, mas ambos foram suprimidos pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, no pontificado de Paulo VI. Neste novo cenário, estas mensagens podem ser publicadas e divulgadas publicamente, ainda que sem a licença formal de uma autoridade eclesiástica, desde que estejam em plena conformidade com os ensinamentos da moral cristã, expressa pelas mensagens bíblicas e pela tradição da Santa Igreja. Assim, é tão razoável acreditar quanto não acreditar.

Por outro lado, as ações do demônio são, substancialmente, as de atacar e violentar as práticas cristãs mais autênticas, particularmente as que trazem mais frutos de graças para a salvação eterna do homem. Os inimigos mortais do demônio são sobejamente conhecidos: o Santo Rosário, a Santa Missa, os Santos Sacramentos, a Vida de Santidade. E, evidentemente, as autênticas manifestações de Maria a alguns de seus filhos muitíssimo privilegiados. Tais ações nunca parecem intrinsecamente más e têm sempre impactos diretos e imediatos no comportamento humano dos crentes em geral, particularmente sobre aspectos emotivos e dos sentimentos mais superficiais, gerando, quase que automaticamente, percepções de 'energia interior', euforia, pseudo-êxtases, palpitações, crises de choro ou de ansiedade, arrebatamentos místicos e outros tantos sinais de 'enlevo espiritual'. Deus nunca age assim: nas revelações sobrenaturais, a natureza humana mantém-se íntegra e a essência da aparição encontra-se nas mensagens. A certos videntes, em caráter muito especial, Deus faz experimentar arrebatamentos e êxtases que extrapolam em muito os limites da natureza humana dos meros sentidos.

Os sinais mais evidentes das falsas aparições estão, entretanto, associadas a mensagens heréticas (o demônio pode macaquear, mas não reproduzir plenamente os desígnios divinos), entranhadas em mensagens bucólicas e com aparência de douta doutrina católica. Não se pode olvidar a essência diabólica do pai da mentira: a aberração vem edulcorada em mimos religiosos, o vômito perpassa em nuances desapercebidas em mensagens de paz, a manipulação da verdade meandra-se de forma ambígua nos próprios contrafortes da verdade. Aqui, não há exceção, e as evidências não demandam provas: a pasteurização doutrinária ditada por uma única heresia conforma a heresia do todo e bastaria conspurcar o monturo para exalar tantas outras pseudo-revelações.

De uma maneira geral, podem ser sistematizados alguns elementos que podem nortear a caracterização de falsas aparições:
- centralização do ambiente na figura do vidente ou videntes, com ampla divulgação da ação pessoal (as aparições autênticas geram, ao contrário, uma profunda inflexão na vida do vidente, caracterizadas por um grau elevado de despojamento aos interesses mundanos e valorização extremada da vida de oração);
- mensagens tipicamente centradas em premissas do racionalismo, com direcionamento a uma explicitação recorrente dos mistérios de Deus em modos de interpretação essencialmente humanos (conceitos genéricos de paz universal, fraternidade, respeito humano, etc);
- aparições repetitivas, contínuas e de longa duração, levando a uma banalização do mistério e a uma perda cabal do foco das mensagens (cada um escolhe a mensagem mais relevante dentre centenas, num processo de livre arbítrio, muito similar ao das seitas protestantes em relação à interpretação dos preceitos bíblicos);
- mensagens específicas em relação a fatos ou lugares em especial, desfocadas de um caráter histórico ou de uma amplitude universal (como o caso da Consagração à Rússia nas mensagens de Fátima), com abordagem detalhada e sistêmica de tais eventos;
- presença de linguagem estranha à fala nativa do vidente;
- mensagens com forte cunho profético, caracteristicamente apocalíptico ou mediante a condenação explícita de cunho pessoal (papas, por exemplo); as mensagens autênticas referem-se particularmente à humanidade, a determinados povos, a determinados processos históricos, a determinados pecados vinculados a uma dada classe de homens ou aos homens em geral);
- mensagens de origens e naturezas diversas (as aparições realmente autênticas provêm quase que exclusivamente de Nossa Senhora, feita preanunciadora por excelência da graça divina, como atestado pelos eventos de La Salette, Lourdes e Fátima).

Não é fácil convencer um católico, crente de uma determinada aparição, que tal aparição é falsa: a reação será sempre agressiva e quase sempre sem efeito prático nenhum (um protestante apresenta a mesma reação diante de uma objeção à 'verdade' em que ele tanto acredita). Em geral, os argumentos mais utilizados na defesa de pseudo-revelações são aqueles em que o indivíduo manifesta-se em termos do que ele próprio 'sentiu' e dos possíveis 'frutos de devoção' que ele vê. Péssimo sinal. Se há uma coisa clara, claríssima, na ação do demônio, é o poder de manipular os sentidos e os sentimentos humanos (definitivamente, somos apenas tolos na escala da inteligência maligna). As aparições autênticas são reduzidas e emblemáticas, e devem apenas ser olhadas e meditadas com os olhos da fé e da alma da maturidade cristã. Sem isso, corre-se apenas os riscos de se transformar ceifadores em semeadores do joio no meio do trigo.

segunda-feira

Aparições e Revelações - Apariçoes Marianas

Em síntese: A Igreja acredita na possibilidade de aparições e revelações particulares, pois estas ocorreram desde os tempos bíblicos (a São Paulo, a São Pedro, a Sto. Estevão…) através dos séculos até nossos tempos. Toda­via, como Mãe e Mestra, a igreja é prudente e não se precipita no julgamento dos fenômenos. Manda examiná-los por peritos; em alguns casos, o laudo daí  resultante é negativo (pois se verifica doença mental ou algum fator de ordem moral incompatível com uma intervenção do céu); em outras ocasiões, o laudo pode ser favorável ao culto da Virgem SS. como decorre dos fenômenos avali­ados (são os casos de Lourdes e Fátima); em outras situações ainda, não aparece por que condenar os fenômenos, como também não há por que lhes dar abono (ainda que indireto); em tais circunstâncias, a Igreja não interfere nas demonstrações de piedade ocorrentes nos lugares das supostas aparições, tendo em vista o aspecto pastoral ou os benefícios espirituais e físicos que resultam das peregrinações e celebrações ligadas a esses lugares.
Como quer que seja, o bom senso lembra que vivemos numa época de crise e desânimo, em que grande parte das populações é propensa a imaginar soluções extraordinárias e fenômenos raros, visto que os recursos convencionais do saber humano não resolvem os problemas da humanidade contemporânea. É de notar também que uma autêntica aparição não poderá senão confirmar as verdades do Evangelho; profecias muito minuciosas são suspeitas de inautenticidade. O que fica sempre, é a mensagem: oração e penitência, como resultado de uma genuína aparição.
Têm-se multiplicado, no Brasil e no estrangeiro, fenômenos de aparições atribuídas à Virgem SS.. As opiniões se acham divididas a respeito, pois, ao lado dos que crêem facilmente numa intervenção do céu, há aqueles que recusam ceticamente dar-lhes crédito. Em muitos casos perguntam o que a Igreja pensa a respeito deste ou daquele caso ou no tocante às aparições em geral.
Vamos, pois, nas páginas subseqüentes, apresentar as linhas-mestras da doutrina e da atitude da Igreja frente ao fenômeno “Aparições”, valendo-nos especialmente do opúsculo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil intitulado “Aparições e Revelações Particulares” (Coleção “Subsídios Doutrinais da CNBB”  nº 1).
Comecemos por descrever mais detidamente o problema.
1. OS  FATOS
Desde o século XVI tem-se notado, com maior freqüência do que antes, o fenômeno “aparições”. Assim em 1531 em Guadalupe a Virgem SS. terá apa­recido ao índio Juan Diego; em 1858 em Lourdes (França) a Sta. Bernadete Soubirous; em 1917 em Fatima (Portugal) a três pequenos pastores. No Brasil, a partir de 1960 registram-se os casos seguintes:
1. 1960 em diante: em Erechim, Rio Grande do Sul, Nossa Senhora da Santa Cruz se estaria manifestando a Dona Dorotéia.
2. 1967-1977: Nossa Senhora da Natividade teria aparecido ao Dr. Fausto Faria, em Natividade, Rio de Janeiro.
3. 1975 em diante: a imagem de Nossa Senhora do Senhor Morto estaria sangrando e transmitindo mensagens a Dona Hermínia Morais de Souza, em Itú, São Paulo.
4. 1987-1988: Alfredo Moreira teria visto Nossa Senhora da Obediência e dela recebido mensagens, em Congonhal, Minas Gerais.
5. 1988: um grupo de crianças estaria vendo Nossa Senhora e recebendo dela mensagens, em Taquari, Rio Grande do Sul.
6. Após 1988: até nossos dias numerosos são os casos que vão sendo registrados.
Além desses, citam-se no Brasil muitos outros relatos de fatos extraordinários, como o de Dona Edelmira de Paiva Nunes: o forro de sua casa desabou, deixando intacta a imagem de Nossa Senhora; vários romeiros teriam visto a imagem de Nossa Senhora da Penha lacrimejar, no Rio, 1984; a Igreja de Nossa Senhora, Rosa Mística, em Juiz de Fora, teria vertido água; o altar de Nossa Senhora, Rosa Mística, em Jacarezinho, no Paraná, também teria vertido água, em 1987; o mesmo teria acontecido em Oliveira Fortes; Minas Gerais, com três quaresmeiras. Fora do Brasil, um elenco de aparições no século XX encontra-se em PR 390/1994, pp. 508-510.
Vejamos o que pensar a respeito.
2.  QUE DIZER?
2.1. Atitude da Igreja
A Igreja crê na possibilidade de aparições do Senhor e de seus Santos, pois a própria Escritura atesta a ocorrência de autênticas aparições. Assim São Paulo, na estrada para Damasco, foi impressionado por uma visão do Senhor, que o chamava à conversão (cf. At 9, 3-9); São Pedro teve uma visão antes de ir à casa do centurião Cornélio (cf. At 10, 9-11); S. Estêvão, antes de morrer, viu a glória de Deus e Jesus à direita do Pai (cf. At 7,55s). – Todavia, antes de se pronunciar a respeito de alguma aparição, a Igreja é cautelosa; manda examinar cada caso criteriosamente, pois sabe que muitas vezes os fiéis, com toda a boa fé, podem imaginar estar vendo e ouvindo o que não passa de projeções de sua fantasia.
O  exame de determinado caso pode chegar a uma das três seguintes conclusões:
1) O laudo é negativo, pois se verifica que, da parte dos(as) videntes, há debilidade mental, fantasia exuberante, desonestidade, charlatanismo… Tal foi o caso das visões de Garabandal (Espanha). A Igreja também se pronunciou negativamente sobre as “revelações” do Senhor a Sta. Brígida.
2) O laudo registra frutos positivos no plano espiritual e físico (conversões, afervoramento, curas de doenças e outros benefícios…), ao passo que nada desabona a saúde mental e a honestidade de vida dos(as) videntes. Em tais casos, a Igreja não somente permite, mas favorece o culto ao Senhor ou ao(à) Santo(a) que se julga ter aparecido. Daí o culto a Nossa Senhora de La Salette, a Nossa Senhora de Lourdes, de Fátima…, havendo a festa respectiva no ca­lendário litúrgico da Igreja. Note-se bem: embora a Igreja favoreça o culto a Nossa Senhora em tal ou tal lugar, ela nunca diz, nem dirá, que a Virgem SS. Apareceu; o fenômeno “aparição” não pode ser definido pela Igreja como verda­de de fé. A revelação pública e de fé divina está encerrada com a geração dos Apóstolos; nenhumartigo pode ser acrescentado ao Credo. Assim escreve o Concílio do Vaticano II em sua Constituição Dei Verbum n0 4:
“A dispensação da graça cristã, como aliança nova e definitiva, jamais passará, e já não há que esperar alguma nova revelação pública antes da gloriosa manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 1Tm 6, 14 e Tt 2, 13)”.
Por conseguinte, fica a critério dos fiéis julgar as razões pró e contra a autenticidade de cada “aparição” não condenada pela Igreja e daí tirar a conclusão que mais lógica lhes pareça; é-lhes lícito crer ou não crer nas aparições em foco.
O Papa Bento XIV (1740-1758) publicou as seguintes observações a respeito dos fenômenos extraordinários:
“A aprovação (de aparições) não é mais do que a permissão de as publi­car, para instrução e utilidade dos fiéis, depois de maduro exame. Pois estas revelações assim aprovadas, ainda que não se lhes dê nem possa dar um assentimento de fé católica, devem contudo ser recebidas com fé humana segundo as normas da prudência, que fazem de tais revelações objeto provável e piedosamente aceitável” (De Servorum Dei Beatificatione II, c. 32, 11).
O mesmo foi dito por um Concílio Provincial de Malnes (Bélgica) em 1938:
“O julgamento da Igreja não apresenta de modo nenhum essas coisas como obrigatórias para a fé do povo. Declara apenas que elas não estão em ponto algum em oposição a fé e aos bons costumes, e que nelas encontramos bons indícios que permitem uma adesão piedosa e prudente da fé humana” (Acta et Decreta Concili Provincialis  Mechlinensis Quinti. Malines 1938,  .p 6).
Com outras palavras: Bento XIV quer dizer que a dita “aprovação” da Igreja não é senão uma permissão; atesta que os fenômenos alegados não estão em desacordo com a fé, os costumes e a missão da Igreja. Não pedem adesão de fé divina ou católica¹, mas podem suscitar fé humana, fundamentada no tes­temunho fidedigno dos videntes ou na experiência pessoal (conversão à fé, afervoramento…) de quem aceita esse testemunho.
3) Pode também a Igreja abster-se, de modo geral, de qualquer pronunci­amento a respeito dos fenômenos e do culto prestado em decorrência dos mesmos. É o que acontece na maioria dos casos: não há motivos para conde­nar os fenômenos relatados; nem a saúde mental dos(as) videntes dá lugar a suspeitas nem as mensagens apresentadas por eles contêm alguma heresia ou erro na fé. A Igreja considera os frutos pastorais que decorrem de tais men­sagens: muitos fiéis se beneficiam peregrinando a tal ou tal lugar ou santuário; aí se convertem, recuperam ou adquirem o hábito da prática sacramental, da oração… Em consideração desses frutos, a Igreja deixa que a piedade se desenvolva até haver razões de ordem doutrinária ou moral que exijam algum pronunciamento.
Essa atitude da Igreja, que não aprova nem reprova (por falta de razões objetivas para tanto), mas que permite o culto no local das ditas aparições, é apregoada por mais de um documento da Santa Sé. Assim, por exemplo, es­crevia Pio IX aos 2/5/1877:
“Essas aparições ou revelações não foram aprovadas nem condenadas pela Santa Sé. Foram apenas aceitas como merecedoras de piedosa crença, com fé puramente humana, em vista da tradição de que gozam, também confirmada por testemunhas e documentos idôneos” (citado na encíclica Pascendi nº 57, do Papa Pio X).
Quando não incorrem em erro no tocante à fé ou á Moral, os fenômenos extraordinários têm alto potencial evangelizador, que merece respeito e não pode ser deixado de lado. Aos pastores compete, de um lado, confirmar os irmãos na fé, e, de outro lado, ajudar os fiéis a superar a demasiada credulida­de, para que esta não venha a ser um fator de descrédito da própria mensagem cristã.
Em consequência verifica-se que, enquanto a Igreja não se pronuncia em contrário, fica a critério de cada fiel optar pelo Sim ou pelo Não diante de um fenômeno maravilhoso. Não há por que acusarem  uns aos outros de credulida­de vã ou de incredulidade. Seja respeitada a liberdade de opção de cada um.
Todavia os teólogos propõem elementos que os fiéis devem levar em con­sideração para formar a sua consciência frente ao fenômeno contemporâneo das aparições.
2.2.  Sábias Ponderações
Verifica-se que várias das mensagens atribuídas a Nossa Senhora em nossos dias são marcadas por forte pessimismo. Descrevem a situação do mundo atual em termos apocalípticos: o demônio estaria solto, a corrupção generalizada, os castigos de Deus seriam iminentes, implicando catástrofes de âmbito mundial, condenação dos pecadores e salvação para os justos. São indicadas as datas dos flagelos, a sua duração, os meios de lhes escapar e outros pormenores estarrecedores… Sobre este pano de fundo pedem-se oração e penitência. Este pedido final é excelente, embora as práticas indicadas nem sempre pareçam as mais condizentes com a Tradição cristã. Todavia o teor pessimista da mensagem e as profecias respectivas, assim como a multiplicação de casos ditos de aparição, levam os teólogos e pensadores a propor algumas ponderações:
1) O mundo está vivendo uma situação de crise generalizada: fala-se de fim de uma era ou de uma civilização – o que suscita em muitas pessoas uma forte sensação de insegurança e medo. Tem-se a impressão de que os valores clássicos fracassaram, os recursos tradicionais da economia, da política, da sociologia, da pedagogia… estão gastos; muitos esperam espontaneamente uma solução milagrosa proveniente de fontes não convencionais (“só Deus dá um jeito”, diz-se popularmente).
2) O pessimismo e o desespero de muitos abrem o caminho para se crer no surto de novos Messias e messianismos, que prometem dias melhores, despertando esperança (ainda que pouco ou nada fundamentada). As mensa­gens alvissareiras, quanto mais exuberantes e radicais são, encontram tanto mais facilmente campo propício para se propagarem.
3) O Brasil é muito sacudido por correntes que dizem receber comunica­ções do além: alto e baixo espiritismo, religiões afro-brasileiras, ufologia de várias modalidades, Vale do Amanhecer, Trigueirinho… Os meios de comunicação social exploram o que nessas mensagens haja de fantasioso e sensacio­nalista, ampliando enormemente os efeitos da crença nessas mensagens exóticas.
4) Muitas pessoas se deixam levar pelo sentimentalismo e as emoções mais do que pelo raciocínio e a lógica no tocante à religião. O anti-intelectualismo, suscitado pelo existencialismo, penetrou na religiosidade de numerosos crentes, de modo que poucos pensam em pedir as credenciais ou os motivos de credibilidade das proposições “místicas” que lhes são oferecidas. Pode-se até dizer que, em muitos casos, quanto mais fantasiosa é uma proposição, mais ela chama a atenção e desperta curiosidade e interesse crédulos. Aliás, já diziam os antigos romanos: “Vulgus vult decipi. – A massa quer ser enganada” , o que significa que a verdade nua e crua tem menos poder de atração do que a mentira fantasiosa e colorida.
5) Em virtude dessa indisposição para usar o raciocínio no tocante à reli­gião, muita gente quer ser dirigida; espera um guru ou um líder privilegiado que lhe dite autoritariamente o que deve fazer. Assim há quem queira ser comanda­do, porque não sabe mais como se auto-orientar na sociedade confusa em que vive. Isto constitui autêntico paradoxo em relação aos anseios de independência que caracterizam grande parte dos homens e mulheres de hoje.
São estes alguns fatores que marcam a nossa época e podem estar pro­piciando, de um lado, o surto de muitas mensagens falsamente proféticas, terrificantes umas, alvissareiras outras, e, de outro lado, a rápida e estranha difusão das mesmas. Consciente disto, a Igreja usa sempre de grande cautela desde que se propague a notícia de algum fenômeno extraordinário. Examine­mos mais precisamente quais as normas ditadas por essa prudência.
3.  PRUDÊNCIA
Eis alguns traços que modelam a prudência da Igreja:
1) A Igreja, de um lado, se sente responsável pela conservação incólume da doutrina da fé, de acordo com o mandato de Jesus Cristo (cf. Mt 16, 16-19; Lc 22, 31s; Mt 28, 18-20). Doutro lado, ela sabe que o Espírito Santo pode falar por vias extraordinárias, de tal modo que não lhe é lícito extinguir o Espírito, como diz São Paulo em 1Ts 5,19s.
2) O extraordinário deve ficar sendo sempre extraordinário. Não é a via normal pela qual Deus guia os seus filhos; o normal é a via da fé… fé que se distingue de crendice, pois a fé supõe credenciais ou motivos para crer; a fé não diz Sim a qualquer notícia de portento, mas pergunta: por que deveria eu crer? Qual a autoridade de quem me transmite a notícia? Em que se baseia? Como fala?
3)  Disto se segue que
a) aparições e revelações não devem ser presumidas nem admitidas em primeira instância num juízo precipitado. Os fenômenos alegados hão de ser comprovados ou criteriosamente credenciados;
b) diante de um fenômeno tido como extraordinário, procurem-se, antes do mais, as explicações ordinárias ou naturais (físicas, psicológicas ou parapsicológicas);
c)  é preciso levar em conta a fragilidade humana, sujeita a engano, aluci­nações, sugestões coletivas… Facilmente quem conta um fato acrescenta-lhe ou subtrai-lhe um traço que pode ter importância; em conseqüência um acontecimento explicável por vias naturais pode tornar-se, na boca dos narradores, um fenômeno altamente portentoso. Daí o senso crítico, que deve começar por investigar aquilo de que realmente se trata, para depois procurar a explicação adequada. Leve-se em conta especialmente a tendência dos meios de comuni­cação social a provocar artificiosamente as emoções e o sensacionalismo, sem compromisso sério com a verdade.
4) Toda autêntica aparição há de ser coerente com as linhas e o espírito do Evangelho. Deve confirmar o que este ensina. Por isto
a) as muitas minúcias (quanto a datas, local, duração e tipo dos fenôme­nos preditos) merecem reservas, pois não são habituais na linguagem da Escritura Sagrada. O Senhor Jesus mesmo recusou-se, mais de uma vez, a revelar a data da sua segunda vinda e do fim dos tempos; cf. Mc 13, 32; At 1,7;
b) o que certamente se pode e deve depreender de toda genuína mensa­gem do céu, é a exortação à oração e á penitência; La Salette, Lourdes e Fátima clamam altamente por tais atitudes a ser assumidas pelos fiéis católicos. Dizia o Papa João XXIII, em sua Rádio-mensagem comemorativa do cente­nário de Lourdes, que os dons extraordinários são concedidos aos fieis “não para propor doutrinas novas, mas para guiar a nossa conduta” (18/2/1959).
Em conclusão podem-se citar as palavras de D. Boaventura Kloppenburg:
“Não devemos ter receio de faltar á reverência, ao respeito ou à piedade quando submetemos os fatos maravilhosos a uma crítica severa. A atitude oficial da Igreja sempre foi extremamente exigente e crítica nestas coisas. E as possíveis causas de engano provam a necessidade de sermos prudentes, cau­telosos e reservados. Um verdadeiro milagre e uma autêntica aparição nada têm a temer. Seria, pelo contrário, mau sinal se não quisessem submeter-se de bom grado, paciente e honradamente, a um simples exame crítico. Os gran­des místicos da Igreja não só não se negaram a tal exame, mas exigiram-no. Leia-se o que escreveram, por exemplo, São João da Cruz e Santa Teresa de Ávila” (O Espiritismo no Brasil, Petrópolis 1960,  p. 168).
¹ A fé divina e católica é a fé que há de ser prestada a Deus por todos os fiéis.
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
D. Estevão Bettencourt, osb.
Nº 400 – Ano 1995 – Pág. 386

Mensagens secretas - livro Mensagens De Jesus, Maria E José Em Jacareí Aparições

Livro Mensagens De Jesus, Maria E José Em Jacareí Aparições
Tese de Doutorado – Os bastidores de Jacareí Aparição
(Lilian Maria) 1991 á 2008 descarregar
http://documents.scribd.com.s3.amazonaws.com/docs/6biaug7ygw5v4xv0.pdf

O Segredo de Jacarei-Aparicao - Marcos Tadeu Teixeira Grupo-Asa Descarregar
http://documents.scribd.com.s3.amazonaws.com/docs/4nsqfmcbuo5v5fjp.pdf
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