[ Marcos Tadeu Teixeira posa para foto com os pastorzinhos de Fátima ]
Marquinho e seus seguidores procuram o Vaticano para reivindicar a santidade de Marquinhos, eles afirmam
"temos as fotos sinais" !
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Jacinta e Francisco Marto, os dois pastorinhos que tiveram
visões de Nossa Senhora, serão canonizados pelo Papa Francisco em
Fátima, no dia 13 de maio.
A confirmação deu-se na manhã desta quinta-feira, 20 de abril, durante o
Consistório Ordinário Público, presidido pelo Santo Padre no Vaticano.
(Na mesma ocasião, Sua Santidade definiu para 15 de outubro próximo a
canonização de André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus
Moreira e vinte e sete companheiros leigos,
protomártires do Brasil.)
Jacinta e Francisco serão as primeiras crianças não-mártires a serem
proclamadas santas. Na mesma data, há 17 anos, os dois irmãos eram
beatificados por João Paulo II.
De apenas nove e dez anos, essas duas crianças, junto com a prima Lúcia
dos Santos, tiveram visões de Nossa Senhora. A primeira vez em 13 de
maio de 1917, seguindo-se em todos os dias 13 de cada mês, até chegar ao
mês de outubro. Nos "encontros celestiais" Maria deixou mensagens sobre
acontecimentos futuros e recomendações aos pequenos, entre estas, a de
rezar o Rosário diariamente.
A fama de santidade dos dois pastorinhos logo após as suas mortes já
havia se difundido por todo o mundo. Francisco morreu em 4 de abril de
1919, de febre espanhola. Jacinta, dez meses mais tarde, em 20 de
fevereiro de 1920.
Jacinta, após muitos sofrimentos oferecidos pela conversão dos
pecadores, morreu sozinha em um hospital de Lisboa, sendo sepultada em
Vila Nova de Ourém, o município ao qual pertence o Santuário de Fátima.
De Francisco — chamado de "o consolador" pelo seu desejo de consolar
com a oração Nossa Senhora — perdeu-se o local preciso de seu
sepultamento. Somente anos mais tarde seus restos mortais foram
reconhecidos pelo pai, por um detalhe muito particular, o terço que ele
tinha nas mãos.
Em setembro de 1935, o corpo incorrupto de Jacinta foi traslado de Vila
Nova de Ourém a Fátima. O corpo foi fotografado e o Bispo de
Leiria-Fátima, José Alvez Correia da Silva, enviou uma cópia a Lúcia,
que havia se tornado uma Irmã dorotéia. Na ocasião, o prelado pediu a
Lúcia que escrevesse tudo o que sabia sobre a vida de Jacinta. Nascia
assim a
Primeira memória, que ficou pronta no Natal de 1935.
Sucessivamente o bispo pediu que Lúcia escrevesse também suas
recordações a respeito de Francisco e os fatos ocorridos em Fátima.
Não fossem estes relatos deixados sobre a breve vida dos dois
irmãos, talvez ninguém poderia ter pensado em abrir uma Causa de
canonização, mesmo porque naquele tempo ainda não havia sido
decretado o reconhecimento de "exercício das virtudes em grau heróico"
também para os pequenos.
O pedido para investigar a santidade dos dois foi iniciado pela Diocese
de Leiria somente em 1952 e concluída em 1989, com o decreto sobre a
prática das virtudes, em consideração à idade das crianças.
O obstáculo era ainda uma uma questão de fundo debatida no decorrer do
século XX, em relação à possibilidade ou não de levar em consideração
duas crianças como candidatos à canonização. Questão que foi resolvida
em 1981 por meio de um um documento emitido com este propósito pela
Congregação da Causa dos Santos. O milagre atribuído à intercessão das
duas crianças, e que levou à beatificação, foi reconhecido em 1999.
Já o que abriu o caminho para a canonização foi reconhecido em 23 de
março passado, e diz respeito a uma criança brasileira, que na época
tinha seis anos. Esta criança estava na casa do avô, brincando com a
irmãzinha, quando caiu por acidente de uma janela de cerca sete metros
de altura, sofrendo um grave traumatismo crânio-encefálico, com a perda
de material cerebral. Levada ao hospital em coma, foi operada. Caso
sobrevivesse, viveria em estado vegetativo ou, no máximo, com graves
deficiências cognitivas. Milagrosamente, após três dias, a criança
recebeu alta, não sendo constatado nenhum dano neurológico ou cognitivo.
Em 2 de fevereiro de 2007, uma equipe médica deu parecer positivo
unânime sobre o caso, como "cura inexplicável do ponto de vista
científico".
No momento do incidente, o pai da criança havia invocado Nossa Senhora de Fátima e os dois pequenos beatos.
Na mesma noite, os familiares e uma comunidade de irmãs de clausura
haviam rezado com insistência, pedindo a intercessão dos pastorinhos de
Fátima.